Prevenção e Tratamentos

O GESTAÇÃO SAÚDE possui técnicas específicas para o tratamento das patologias, desordens musculo-esqueléticas, má postura, disfunções articulares e disfunções do assoalho pélvico.

Dentre elas:

- RPG: Reeducação Postural Global

- Técnicas de terapias manuais: Mulligan, Maitland e Osteopatia.

- Eletroterapia

- Pilates Clínico

 

Fisioterapeuta Dra. Lilian Sarli

Mestra pela Unicamp / Ortopedia e Medicina Esportiva
Crefito: 123955 - F
 
Gestação Saúde

Paulínia - (19) 3874-2134 / (19) 99267-3331

São Paulo - (11) 3938-1444 / (11) 98607-3430 

Alterações no Corpo

ALTERAÇÕES NO CORPO DA MULHER DURANTE A GESTAÇÃO

 

Foto: Seqüência gestação semana à semana (4, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 37 semanas) e pós-parto (com bola de pilates).

 

 

O que é importante saber  na gravidez referente ao corpo da mulher?

 

- Que ele foi feito para gerar e parir um bebê.

- Que vão ocorrer mudanças em sua estrutura e biomecânica durante a gestação.

- Que pode ocorrer dores e/ou desconfortos que é COMUM, mas pode ser EVITADO se o corpo for devidamente preparado.

- Que ele pode ter uma gestação com saúde.

 

1) GERAR E PARIR

 

Toda mulher com saúde é capaz de gerar um filho no ventre. O corpo sofre diversas transformações para que o feto possa se desenvolver dentro do útero. Todas as estruturas se modificam.

 

Para que o feto cresça, todo o corpo da mulher precisa se adaptar por dentro e por fora. Entretanto, o mundo moderno trouxe para nós o sedentarismo, que diminui a qualidade do corpo de se adaptar causando dores e desconfortos durante a gestaçao, durante o parto e no pós parto.

 

Toda mulher foi feita para parir e todo corpo foi feito para se adaptar durante os nove meses da gestação, basta a mulher e o corpo estarem equilibrados e saudáveis.

 

2) MUDANÇAS NO CORPO

 

O corpo da mulher sofre diversas transformações para poder gerar um filho. Haverá mudança na parte estrutural e biomecânica, hormonal e psicológica.

 

A- Mudanças no Aparelho Respiratório

Relação com o diafragma: tórax, abdome e diafragma.

 

Durante a gestação o diafragma é elevado 4 cm, os diâmetros torácicos são aumentados e os ângulos subcostais ampliados, de modo que o perímetro torácico estará aumentado em torno de 5 a 7 cm.

 

As uniões fibrosas e cartilaginosas das costelas se amolecem (responsáveis pela ampliação do tórax e pelo aumento da capacidade vital); a ingurgitação da vascularização pulmonar se associa com uma elevação de 40% no fluxo sanguíneo pulmonar; músculos abdominais diminuem seu tônus e se mostram menos ativos durante a gestação (respiração é predominantemente diafragmática-costal); volume respiratório circulante aumenta gradualmente (35-50%); capacidade pulmonar total se reduz (4-5%) pela elevação do diafragma (embora se compensa com aumento das dmensões torácicas).

 

Essas mudanças ocorrem decorrentes de influências hormonais e mecânicas:

- Mecânica: Diafragma eleva-se pela pressão vertical do útero com um aumento do consumo de oxigênio e a respiração se faz mais dificultosa.

- Hormonal: Progesterona pode ser fator desencadeante inicial para elevação do diafragma (relação com o músculo-diafragma).

 

B- Mudanças Hormonais

Relação relaxina e progesterona – tecidos moles, ossos e articulações.

 

A liberação dos hormônios durante a gravidez, é responsável por aumentar a síntese de colágeno e outras substâncias, o que modifica a constituição dos ligamentos, fazendo-os mais elásticos e distendidos.

 

Por consequência dos hormônios, ocorre hiperfrouxidão ligamentar em todas as articulações do esqueleto tornando-se hipermóveis. Ao mesmo tempo ocorre propensão à instabilidade articular levando a espasmos musculares e contraturas.

 

Esta mudança hormonal durante os nove meses são fundamentais para o crescimento do feto dentro das estruturas do corpo e principalmente para o saída do bebê na hora do parto vaginal. Entretanto, como esta mudança não é pontual, ocorrendo em todas as estruturas, é importante a gestante tomar alguns cuidados como, evitar andar de salto alto, cuidado dobrado para andar nas calçadas emburacadas e cuidar para descer degraus muito altos. Isto porque, o tornozelo fica muito instável com a hiperfrouxidão ligamentar, podendo ocorrer entorses de grau leve até grau severo.

 

Curiosidade:

 

- As mudanças hormonais são responsáveis por 30% das dores na zona lombar pélvica.

 

- As mulheres que já nasceram com propensão à rigidez articular (com menos elasticidade), as mudanças na gestação começam mais cedo. Já as mulheres que nasceram com propensão à hipermobilidade articular (mais elasticidade), seu centro de gravidade muda muito pouco durante a gestação, pois estas possuem maior capacidade de adaptação corporal.

 

C- Mudanças Posturais

Relação musculoesquelética: músculos, ossos e articulações.

 

QUADRO GERAL

 

Durante a gestação, o corpo da mulher vai ganhando peso devido ao aumento do feto a cada semana. O aumento do peso depende muito das características físicas de cada mulher. É recomendado que o peso aumente entre 8 e 16 kg. Quanto mais peso acima do recomendado maior o risco de sofrer alguma patologia.

 

A mudança mais característica da gravidez é o aumento da lordose lombar. O aumento da mobilidade das articulações sacroilíacas, sacrocoxígeas e sínfise púbica causam alteração postural e podem ocorrer dor lombar.

 

Adaptações:

 

Aumento do útero à pelve em anteversão à centro de gravidade se desloca para frente à aumento da cifose dorsal e lordose lombar para equilibrar à inclinação dos ombros para frente.

 

HIPERLORDOSE LOMBAR

 

Grávidas compensam as mudanças intrapelvianas com uma lordose lombar leve.

Esta lordose é produzida pela extensão do tronco superior, do pescoço e da articulação do quadril e não pela extensão da coluna lombar.

 

DIÁSTASE ABDOMINAL

 

Aumento do útero + aumento da lordose lombar à distensão dos músculos abdominais - são menos eficazes ou incapazes de suportar a tensão.

 

Quando os músculos abdominais não suportam a tensão do aumento do útero, os retos se separam na linha média à diástase de intensidade variável.

 

LESÃO NOS DISCOS INTERVERTEBRAIS

 

O útero gravídico e a lordose compensadora produzem uma carga mecânica notável na zona lombar. Esta alteração da postura aumenta a tensão das facetas articulares lombossacras o que aumenta as forças tangenciais nos espaços entre os discos intervertebrais. Desta forma se instala um desequilíbrio anteroposterior.

 

D- Mudanças Musculoesqueléticas

 

Estática - Bipedestação: separação dos pés para aumentar o centro de gravidade;

Dinâmica - Marcha: mais lenta, girando o corpo levemente e basculando para os lados.

 

D) Postura e Mudanças Hemodinâmicas

Relação no último trimestre: útero, coluna vertebral, veia cava inferior e aorta.

 

A hemodinâmica materna está profundamente afetada pela postura, sobre tudo, no terceiro trimestre. Tem particular importância as relações entre útero no último trimestre, a coluna vertebral, a cava inferior e a aorta.

Na posição decúbito supine (barriga para cima), o fundo uterino obstrui o fluxo da veia cava provocando uma diminuição no retorno cardíaco, o que compromete o gasto e produz hipotensão sistêmica.

Esta síndrome de hipotensão supina é particularmente grave nas gestantes a curto prazo, se elas tem uma gestação múltipla ou hidramnios (*excesso de liquido amniótico), já que podem desencadear-se lipotimias e situações de sofrimento fetal.

(*lipotimia: é a perda mais ou menos completa da consciência, acompanhada da abolição das funções motrizes e/ou motoras, que lembram efeito extra-piramidal, com integral conservação das funções respiratória e cardíaca.)

 

Outras questões:

 

- Efeitos similares sobre o gasto cardíaco, embora menos importantes, podem também produzir-se ao permanecer de pé ou sentado.

- As implicações clínicas desta sensibilidade postural à posição supina durante a gestação são evidentes.

- Durante o parto, a permanência sobre o lado esquerdo melhora a perfusão uterina e é a posição preferida.

- Se for suspeitado a existência de sofrimento fetal, a gestante deverá deitar-se sobre o lado esquerdo.

- A compressão da veia cava pelo útero gravídico durante a posição ereta ou deambulação reduz a pressão sanguíena e compromete o fluxo uterino.

 - A mudança de posição ao descomprimir a veia cava inferior aumenta o retorno venoso e o gasto cardíaco.

 

POSIÇÃO BARRIGA PARA CIMA

 

- Fundo uterino obstrui o fluxo da cava;

- Provoca diminuição no retorno cardíaco;

- Compromete o gasto cardíaco;

- Produz hipotensão sistêmica.

 

POSIÇÃO ERETA/SENTADA

 

- Efeitos similares sobre o gasto cardíaco, embora menor:

- Há redução da pressão sanguínea;

- Compromete o fluxo uterino.

 

POSIÇÃO DECÚBITO LATERAL

 

- Descomprime a veia cava inferior;

- Aumenta o retorno venoso;

- Aumenta o gasto cardíaco.

 

3 – DOR E DESCONFORTO

 

Porque algumas mulheres sentem dores e desconfortos no corpo e outras não?

 

Dor e desconforto é COMUM, mas EVITADO quando o corpo é devidamente preparado.

 

- Estima-se que TODAS as mulheres experimentam certo grau de perturbação musculoesquelética durante a gravidez;

- Mais da metade das mulheres grávidas (50 a 90%) referem algum tipo de dor musculoesquelética durante a gestação;

- Até 15% experimentam fortes patologias que alteram sua qualidade de vida;

- 25% tem, pelo menos, temporalmente, sintomas incapacitantes.

 

Como foi dito anteriormente, todo corpo saudável e equilibrado é livre para poder se adaptar as transformações que ocorrem durante os nove meses da gestação. Se ao engravidar, a mulher já tiver algumas disfunções e patologias (mesmo que a mulher não sinta dor), o corpo encontrará barreiras para a adaptação aumentando as disfunções no local.

É importante saber, que muitas vezes temos disfunções articulares e algumas patologias no corpo que desconhecemos. Portanto, é muito fundamental a mulher fazer uma avaliação com um Fisioterapeuta. Quanto mais cedo as estruturas do corpo forem liberadas, mais saudável será a gestação para a mamãe.

 

4 – GESTAÇÃO COM SAÚDE

 

Para se ter uma gestação saudável é preciso:

 

-       Conhecer seu corpo – propriocepção/consciência corporal;

-       Respeitar seu corpo;

-       Cuidar do assoalho pélvico – PERÍNEO e ABDOME;

-       Praticar exercícios de estabilização;

-       Praticar exercícios de relaxamento e fortalecimento.

 

Todas essas relações e mudanças estruturais materno-fetais podem gerar disfunções a qualquer momento desde a concepção até o pós-parto.

É muito importante a mulher receber orientações, tratamentos e exercícios específicos de um Fisioterapeuta para cada fase da gestação.

Mantenha seu corpo saudável, com elasticidade e força muscular. A harmonia Corpo e Mente da mamãe traz muitos benefícios para o bebê. 

 

 

Fisioterapeuta Dra. Lilian Sarli

Mestra pela Unicamp / Ortopedia e Medicina Esportiva
Crefito: 123955 - F
 
Gestação Saúde

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Períneo

VOCÊ CONHECE SEU PERÍNEO!?

 

O períneo é um músculo do assoalho pélvico que todas as mulheres deveriam conhecer muito bem. Ele é a chave da saúde da mulher por envolver uma região sagrada: sexualidade (prazer); reprodução (GERAR); potencialidade (PARIR); e estabilização segmentar (SUSTENTAÇÃO). Entenda o por quê.

 

O QUE É PERÍNEO?

 

A palavra períneo foi usado para se referir tanto ao próprio músculo períneo (entre a vulva e o ânus) como em seu sentido mais amplo, o assoalho pélvico, incluindo todas as estruturas dos trígonos anal e urogenital, isto é, à área da superfície do tronco entre as coxas e as nádegas, que se estende do cóccix até o púbis, incluindo o ânus e o órgão genital externo, a vulva da mulher.

A musculatura do períneo e assoalho pélvico está localizado na região inferior do quadril, como mostra a figura 1.

 


Figura 1

 

Esta região é formada por diversos músculos, ligamentos, nervos e fáscias, como mostra a figura 2 e 3.

 

                                             

 

                                                                   Figura 2                                                                                                                Figura 3

 

Na figura 1 é possível ver os músculos do assoalho pélvico, que vão desde a sínfise púbica até o cóccix, formando uma rede de sustentação para os órgãos internos. Existe três orifícios nesta região: uretra, vagina e ânus. É pelo orifício da vagina (o do meio) que o bebê vai passar na hora do expulsivo, momento conhecido como “circulo de fogo”.

Na figura 2 é possível ver o anel pélvico ou cavidade pélvica que é formado pelos ossos do quadril: dois ossos ilíaco, o ísquio, o sacro e a sínfise púbica. É nesta região que o bebê vai encaixar a cabeça antes de nascer.

 

QUAL A FUNÇÃO DO PERÍNEO?

 

Existe cinco funções principais:

 

1) Sustentação e Posicionamento

Toda esta estrutura do assoalho pélvico, formado por músculos, ligamentos, nervos e fáscias, sustentam os órgãos internos (bexida, útero,  ovário e reto) como se fossem uma rede. Esta rede, além de sustentar os órgãos, também mantêm seu posicionamento correto dentro da cavidade pélvica. Como mostra a Figura 1.

 

 

2) Fechamento e Constrição

Esta região também é perfurada por três canais importantes: a uretra, a vagina e o reto, que  quando são contraídos voluntariamente, suspendem os órgãos pélvicos e fecham estes orifícios.

 

O fechamento destes três orifícios (contração ao redor destes canais), auxiliam nas funções de: 

1. Constrição da uretra - ajuda no controle do fluxo urinário ao manter a uretra bem apoiada e fechada;

2. Constrição do reto - ajuda no controle do fluxo de gases e fezes, valvulando o reto em ação conjunta ao esfíncter anal;

3. Constrição da vagina - mantém o "tônus" vaginal (vagina "apertada") ao pressioná-la contra a sínfise púbica.

 

3) Sexual e Pressão Vaginal

             A musculatura do períneo e assoalho pélvico é muito importante para manter a saúde sexual da mulher. Durante o ato sexual a vagina faz movimentos de contração e relaxamento (fechamento e abertura da vagina) ao redor do pênis, aumentando a satisfação sexual tanto da mulher quanto do homem. Essa pressão vaginal pode ser controlada pela mulher e sentida pelo homem.

 

 

4) Reprodutiva e Potencialidade

              O períneo é o principal músculo reprodutivo. Ele trabalha no início, através do ato sexual, para conceber o bebê, e no fim para expulsar o bebê da vagina.

 

Durante o trabalho de parto, o períneo vai se amoldando através da ação do hormônio da relaxina e ocitocina para ganhar alongamento e elasticidade a cada minuto até chegar aos 10 cm de dilatação. Com movimentos de contração  de valsalva (contração para abertura do canal vaginal) da musculatura do assoalho pélvico, vai ocorrendo o trabalho expulsivo do parto para o bebê passar pelo canal vaginal, como mostra a figura 4.

 

Figura 4

 

 

O corpo da mulher foi feito para parir. Ele trabalha do jeito que sabe, como a natureza o fez. Entretanto, exercícios específicos de períneo ajudam a POTENCIALIZAR o parto.

 

Com ajuda do Fisioterapeuta especialista do GESTAÇÃO SAÚDE, a mulher pode receber dicas para o trabalho de parto e treinar a propriocepção, aumentar a elasticidade e ganhar força muscular do períneo para ajudar no expulsivo.

 

           

 

5) Estabilização Segmentar

            O músculo períneo é a chave da estabilização muscular de toda estrutura cápsulo-ligamentar das articulações da coluna vertebral e quadril, podendo alterar todo o sistema postural.

              Leia mais em: ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR.

 

PERÍNEO COMO UM MÚSCULO

 

O períneo é um músculo como outro qualquer do corpo: possui a capacidade de trabalhar contração e força muscular, e tem propriedade elástica para trabalhar alongamento. Ou seja, assim como o músculo bíceps da perna (músculos posteriores da coxa), por exemplo, pode ser fortalecido através de exercícios físicos e pode ganhar elasticidade através de exercícios de alongamentos.

Todos nós sabemos que conforme os anos vão se passando, nosso corpo vai envelhecendo e nossos músculos vão ficando cada vez mais flácidos e preenchidos com gordura. Podemos observar a idade chegando quando não conseguimos mais fazer determinados exercícios físicos como antes: jogar bola durante 40 minutos ja ficou impossível; puxar 20 kg no bíceps do braço começa a gerar fadiga muscular; andar de bicicleta por 1 hora agora gera câimbras musculares. Tudo isso também ocorre com o musculo períneo.

 

DISFUNÇÕES DO PERÍNEO

 

O períneo é um músculo que geralmente não exercitamos conscientemente, pois nem se quer sabemos quem ele é, onde ele fica e qual a sua função. Os únicos 2 momentos que trabalhamos um pouco sua contração voluntária é quando “seguramos o xixi” e durante o ato sexual. Entretanto, se tiver alguma disfunção associado ao períneo, estes dois mecanismos ficam prejudicados.

Existem 2 patologias principais que podem ocorrer no assoalho pélvico envolvendo o períneo: incontinência urinária e disfunção sexual. Os motivos mais comuns que podem levar a estas disfunções do assoalho pélvico é o enfraquecimento muscular e disfunções articulares crônicas da coluna vertebral (como protrusões e hérnias discais) e região de quadril.

 

            - Fraqueza muscular. No decorrer dos anos, o períneo como qualquer músculo do corpo, vai enfraquecendo e perdendo seu tônus muscular, como foi falado anteriormente. Quanto maior a fraqueza muscular menos contração conseguimos fazer do períneo (fechamento da vagina), menos  conseguimos “segurar o xixi” e menos prazer nós sentimos durante o ato sexual. É simples, se não cuidarmos do músculo períneo todas nós teremos incontinência urinária em algum momento de nossas vidas.

            - Disfunções articulares crônicas. No caso das disfunções articulares, o períneo está envolvido diretamente na estabilização segmentar da coluna vertebral, ou seja, se a coluna está com alguma disfunção repercute em todo sistema de estabilização, inclusive o períneo. Leia mais em ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR.

 

PERÍNEO E GRAVIDEZ

 

Por que o períneo é importante na gestação?

            O corpo da mulher já nasceu sábio. Foi feito para parir. Todas nós mulheres temos a capacidade de gerar e parir um bebê. Entretanto, durante a gestação, ocorrem diversas transformações no corpo da mulher que afetam diretamente o períneo e este vai repercutir também na hora do parto e pós-parto.

Durante os nove meses de gestação, o períneo vai sofrendo grande sobrecarga por causa do aumento do peso do bebê dentro da barriga. Como foi falado anteriormente, o assoalho pélvico (períneo) funciona como uma rede que sustenta todos os órgãos internos, inclusive o útero no qual o bebê dentro vai crescendo. Para que esta rede suporte os nove meses com o peso do bebê é preciso força e resistência muscular. Para uma gestação saudável, o períneo deve estar forte e saudável.

Se o períneo nunca foi trabalhado na pré-gravidez, provavelmente ele tem algum grau de fraqueza muscular. Dependendo do grau da fraqueza no períneo, a gestante pode começar a ter incontinência urinária logo no início da gestação ou somente no último trimestre. Independente de quando começa a perda urinária, não é normal. Um períneo saudável aguenta a gestação completa sem nenhum tipo de perda de urina. É preciso fortalecer o assoalho pélvico através de exercícios específicos sob orientação de um Fisioterapeuta na área da saúde da mulher. O programa do GESTAÇÃO SAÚDE se preocupa com a saúde do períneo e por isso temos um guia de exercícios específicos, adaptados para cada mulher.

  

Por que o períneo é importante no trabalho de parto e no expulsivo?

            O trabalho de fortalecimento e resistência muscular durante a gestação é importante também para o trabalho de parto. Um músculo saudável sempre trabalha melhor. Entretanto, para o trabalho de parto e expulsivo é necessário trabalhar o alongamento e relaxamento do assoalho pélvico. Exercícios como massagem perineal (com o próprio dedo) e com o aparelho epi-no, ajuda a ganhar elasticidade para a passagem do bebê. Exercícios de contração de valsalva (contração do assoalho pélvico para abrir a vagina) e a conscientização de abertura e fechamento do períneo são essenciais para ajudar a mulher a potencializar o parto.

 

Por que o períneo é importante no pós-parto?

Um períneo bem preparado para a gestação e o parto se recuperará muito mais rápido. Frente a diversos estudos em ortopedia, é recomendado fisioterapia no pré-operatório de qualquer cirurgia, porque foi concluído que um músculo forte e alongado tem maiores chances de uma recuperação pós-cirúrgica.

Com o períneo não é diferente. Após os nove meses de gestação e expulsivo do bebê, o períneo   de beneficia no pós-parto se estiver forte e com um bom alongamento. A recuperação é muito mais eficiente.

 

CONCLUSÃO

 

Portanto, o períneo pode ser considerado a CHAVE DA SAÚDE DA MULHER, uma vez que ele é responsável por diversas funções: sustentar os órgãos internos da mulher durante toda a sua vida; estabilizar toda estrutura da coluna vertebral e quadril; responsável pela pressão sexual durante o ato sexual (satisfação sexual e prazer); sustentar todo o peso do feto durante os nove meses da gestação (sem causar impotência sexual, fraqueza muscular e incontinência urinária e fecal); por ajudar no trabalho de parto e no expulsivo do bebê (dar abertura e empurrar o bebê para fora da vagina); e por fim, por recuperar a saúde da mulher no pós-parto, fazendo com que ela volte a ter relações sexuais, sentir prazer durante o ato sexual e estabilizar o corpo em toda sua estrutura segmentar.

 

Veja os exercícios para Períneo clicando em: PERÍNEO.

 

Fisioterapeuta Dra. Lilian Sarli

Mestra pela Unicamp / Ortopedia e Medicina Esportiva
Crefito: 123955 - F
 
Gestação Saúde

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Estabilização Segmentar

Estabilização Segmentar na Gestação

O que é estabilização do CORE?

Estabilização do core ou estabilização segmentar significa estabilidade muscular da coluna vertebral e quadril. É a capacidade dos músculos em manter o equilíbrio destas estruturas dentro dos seus limites fisiológicos, diminuindo os riscos de disfunções articulares e mantendo a integridade estrutural. 

 Quais os músculos do CORE?

Os principais músculos que atuam no core e limitam esse complexo são: diafragma (superior), músculos abdominal e oblíquo (ântero-lateral), músculos paravertebrais e glúteos (posterior), e assoalho pélvico (inferior). A função desses músculos funcionam como um espartilho apertando a cintura e dando suporte e estabilidade à região para podermos movimentar os membros superiores (braços) e os inferiores (pernas) de forma segura (sem causar lesões), estável, e com maior velocidade e destreza.

Porque o CORE é importante?

Esta estabilidade é fundamental para a biomecânica corporal, uma vez que ela previne lesões e melhora o desempenho nas atividades do dia-a-dia, exercícios físicos e atividades esportivas (dando suporte para nos movimentarmos e pegarmos peso, por exemplo). 

Para entender a importância da estabilidade no corpo, vamos a explicação de uma forma mais simplificada. Toda vez que precisamos mover o braço ou a perna, os músculos estabilizadores são acionados antes do movimento acontecer, através da informação que é mandada para o nosso cérebro. Desta forma, ocorre o suporte muscular necessário ao movimento. Este é o mecanismo correto. Caso não ocorra esta estabilização antecipada ao movimento, há riscos de lesões.

CORE vs GESTAÇÃO

Durante a gestação, ocorrem diversas mudanças no corpo da mamãe devido ao desenvolvimento do feto. As alterações circulatórias, venosas e arteriais, alterações hormonais e posturais afetam diretamente a estrutura e biomecânica da mulher.

As alterações poderiam ocorrer naturalmente se tivéssemos nossas estruturas muito bem equilibradas e saudáveis. Entretanto, com o nosso cotidiano sedentário, sem muitas atividades envolvendo o corpo, produzimos uma estrutura física fraca, com pouco tônus muscular e muitas vezes sem equilíbrio. Quando juntamos nosso corpo desestruturado às mudanças produzidas na gestação, as dores e desconfortos aparecem rapidamente podendo levar à disfunções a qualquer momento.

O ideal, é quando a mulher consegue fazer um pré-natal fortalecendo, de forma específica, toda sua estrutura. Quanto mais saudável estiver seu corpo para gerar um bebê, mais saudável será a gestação e o pós-parto. Entretanto, todas as grávidas, em qualquer período da gestação, pode e deve começar um treino de estabilização segmentar. 

A integração de exercícios de estabilização do core junto a programas de prevenção de lesões diminuem as chances das gestantes terem dores e desconfrotos durante a gravidez e os riscos de lesões.

 

Fisioterapeuta Dra. Lilian Sarli

Mestra pela Unicamp / Ortopedia e Medicina Esportiva
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